Colheita e transplantação de órgãos - Jan/Out 2015

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Atividade nacional da colheita e transplantação de órgãos:janeiro a outubro 2015

O relatório da Coordenação Nacional da Transplantação do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST, I.P.) relativo à atividade de colheita e transplantação de órgãos dos dez primeiros meses de 2015, destaca os seguintes pontos:

  • Duzentos e setenta e um dadores até outubro de 2015 em comparação com os 244 dadores em igual período homólogo de 2014 verificando-se, assim, um acréscimo de 27 dadores.
  • Aumento do número de dadores cadáver para níveis superiores a qualquer um dos quatro anos.
  • Vinte e um porcento dos dadores com causa de morte traumática. Números muito semelhantes até outubro de 2014 (23%).
  • Em comparação com 2014, houve um acréscimo de 32 órgãos colhidos (742 em 2015 e 710 em 2014).
  • No período em análise, estavam contabilizados 651 transplantes, um acréscimo de 25 transplantes, em comparação com os 626 realizados até outubro de 2014.
  • Houve também um aumento ao nível dos transplantes hepático e do cardíaco para valores superiores aos dos últimos quatro anos (2011 – 2014).

 

Muito importante salientar que os dados apresentados neste relatório e os referentes nesta notícia, apenas dizem respeito ao período de janeiro a outubro de 2015 faltando, ainda, um trimestre para dar o panorama completo do ano.

 

Dadores em morte cerebral

  • Duzentos e setenta e um dadores em morte cerebral até outubro de 2015, mais 27 do que em 2014.
  • Setenta e nove porcento dos dadores morreram por causas médicas e 21% por causas traumáticas.
  • Dos 271 dadores, 180 faleceram derivado de acidente vascular cerebral (AVC), 34 por outras causas médicas, 16 por traumatismo cranioencefálico (TCE) como resultado de acidentes de viação e 41 por TCE de outras causas.
  • Fazendo a análise por região, 68 dadores do Norte, 81 do Centro e a região Sul a que regista um maior número de dadores em morte cerebral (122).
  • Os dados também mostram que, ao nível da região Norte, se verificou um decréscimo de 3% dos dadores em morte cerebral (70 em 2014 e 68 em 2015). Nas regiões do Centro e do Sul, pelo contrário, houve um acréscimo dos dadores em morte cerebral, na ordem dos 11% (73 em 2014 e 81 em 2015) e dos 21% (101 em 2014 e 122 em 2015), respetivamente.

 

Órgãos colhidos versus transplantados

A análise refere-se aos órgãos colhidos e transplantados provenientes apenas de dadores em morte cerebral.

  • Em comparação com o ano de 2014, foram colhidos mais 32 órgãos em 2015, mais especificamente, 742 órgãos.
  • Ao longo dos últimos seis anos (2009 – 2015) a idade média dos dadores não tem variado muito, ronda os 50 anos (51 em 2014 e 55 em 2015).
  • Em 2015 foram colhidos 742 órgãos, tendo sido transplantados 589, o que significa que 79% dos órgãos colhidos foram transplantados. Em 2014, 81% dos órgãos colhidos foram transplantados. Apenas em 2009 se verificou uma maior percentagem entre os órgãos colhidos e os transplantados (85%).

 

Transplantação de órgãos

Inclui órgãos provenientes de dador em morte cerebral, vivo e sequencial.

  • Seiscentos e cinquenta e um em 2015 em comparação com os 626 em 2014, o que se traduz num acréscimo de 25 transplantes. É o maior número dos últimos quatro anos. Apenas em 2009 se registou o valor mais alto com 767 transplantes de órgãos provenientes de dador em morte cerebral, vivo e sequencial.

 

Transplante renal

  • Em comparação com 2014, houve menos 5 transplantes em 2015 (376 em 2014 e 371 em 2015).
  • 2009 foi o ano que registou maior número de transplantes renais: 490.
  • No período de análise deste relatório, estão registados 48 rins de dador vivo, sendo a região Norte a que apresenta maior número de dadores (32), seguida do Sul (13) e, em último, da região Centro (3).
  • Entre 2009 e 2015 verifica-se uma tendência decrescente ao nível do transplante renal.
  • De 2009 até à data houve menos 119 transplantes renais.

 

O relatório completo está disponível aqui.

 

 

Pelo Rim