Pelo Rim

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Já pensou em ser dador de órgãos?



Dia Europeu da Doação de Órgãos e Transplantes



A doação é um gesto altruísta, considerado como um dos maiores atos de bondade entre as pessoas. Atualmente, existem milhares de pessoas que precisam de um transplante para continuarem a viver ou melhorarem a sua qualidade de vida. O problema é a escassez de órgãos disponíveis, uma vez que as listas de espera para transplante de órgãos continuam a aumentar e não são proporcionais ao número de dadores. É preciso que as pessoas se sintam incentivadas a tornarem-se dadoras, porque só assim se conseguirá salvar um maior número de vidas.

Em 1996, o Conselho da Europa adotou o Dia Europeu da Doação de Órgãos e Transplantes (DEDOT) como o evento que se realiza todos os anos no segundo sábado de outubro, com o objetivo de promover o tema da doação e da transplantação de órgãos, tecidos e células nos Estados Membros e uma forma de sensibilizar a sociedade civil.

 

Dados em Portugal

Os dados relativos de janeiro a julho de 2019 foram apresentados no Relatório da Doação e Transplantação de Órgãos – Atividade Nacional pela Coordenação Nacional da Transplantação. Deste relatório importa destacar os resultados positivos ao nível dos órgãos colhidos (583) e transplantados (506), dos transplantes hepáticos (144) e renais (309) e do número de dadores vivos (43). Estes resultados são significativamente melhores em comparação com 2018, traduzindo-se num aumento da atividade da doação e transplantação de órgãos. Principais conclusões:

 

Tipologia dos dadores

  • Dador em morte cerebral: 193 (mais sete do que em 2018)

  • Dador em paragem cardiocirculatória: 13 (menos quatro do que em 2018)

  • Dador vivo: 43 (mais dez do que em 2018)

  • Dador sequencial: 3 (menos cinco do que em 2018).

     

Dadores falecidos

  • 206 dadores falecidos, mais três dadores do que em 2018 (1%).


Causas de morte dos dadores

  • traumáticas (20%) e médicas (80%) (o mesmo que em 2018).


Dadores falecidos por região

  • sul (87)

  • centro (61)

  • norte (58)

     

Órgãos colhidos (dador falecido)

  • 583 órgãos colhidos, mais cinco órgãos colhidos do que em 2018 (1%).

  • A idade média dos dadores é de 55,9 anos (em 2018 foi de 58,6).


Taxa de utilização dos órgãos

(inclui órgãos colhidos e transplantados provenientes apenas de dador falecido)

  • Órgãos colhidos: 583 (578 em 2018)

  • Órgãos transplantados: 460 (429 em 2018)

  • Taxa de utilização: 79% (74% em 2018)

     

Transplantação de órgãos

(inclui órgãos provenientes de dador falecido, vivo e sequencial)

  • 506 órgãos transplantados, mais 36 órgãos transplantados do que em 2018 (+ 8%)

  • Dador vivo rim: 42 (33 em 2018)

  • Dador vivo fígado: 1 (0 em 2018)

  • Dador sequencial: 3 (8 em 2018)


Transplantação nacional

  • Transplantação pancreática: 20 (22 em 2018)

  • Transplantação pulmonar: 17 (19 em 2018)

  • Transplantação hepática: 144 (131 em 2018)

  • Transplantação renal: 309 (280 em 2018)

  • Transplantação cardíaca: 16 (18 em 2018)


Este ano, mais uma vez, somos todos convidados a refletir sobre o problema da escassez de órgãos, situação que deixa milhares de pacientes com a vida suspensa em lista de espera. A campanha deste ano do DEDOT é “Você tem tudo o que precisa. Já pensou em ser dador de órgãos?”.  

O projeto PELO RIM e o seu contributo à comunidade com insuficiência renal tem origem numa história de transplantação e hoje são muitos os que beneficiam dessa doação, que se tornou muito mais que isso. 

Nunca é demais mostrar o nosso apreço e gratidão àqueles que tomam a decisão altruísta e corajosa de doar um órgão e que, desta forma, dão oportunidade a alguém de melhorar a sua qualidade de vida e, em certos casos, de continuar a viver. A todos um MUITO OBRIGADO!

 

Para saber mais sobre a campanha e esta data especial, consulte o site do Conselho da Europa.



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Bibliografia:


Veja também: